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Amom critica possível fim do IPI no Brasil

Parlamentar argumentou que a extinção do imposto prejudicaria o funcionamento da Zona Franca de Manaus e convidou o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) para uma conversa sobre a proposta prevista na Reforma Tributária


Em resposta à fala do vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), no último dia 16/1, sobre a possibilidade de extinção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o vereador e deputado federal eleito Amom Mandel (Cidadania-AM) criticou a declaração e afirmou que acabar com o IPI prejudicaria a população amazonense e o desenvolvimento econômico do estado.


O fim do imposto é uma das mudanças previstas na Reforma Tributária, proposta pelo Governo Federal. O IPI é uma das vantagens fiscais que atraem uma média de 500 empresas ao Polo Industrial de Manaus (PIM), garantindo a geração de cerca de 100 mil empregos diretos e indiretos na região, alinhado à preservação da floresta amazônica.


Amom afirmou estar disposto a debater a proposta com Alckmin e convidou o ministro para uma visita à capital amazonense. Segundo o parlamentar, o desenvolvimento econômico da região seria colocado em risco com o fim do imposto.


“Não dá pra entender como o vice-presidente da República pode dar uma afirmação dessas sem antes conversar com a bancada federal eleita no Amazonas e sem submeter isso a um amplo debate. Não dá pra ele ter uma perspectiva achando que o Brasil é refém do Amazonas, pelo contrário, nós é que estamos em uma posição desfavorável em relação a outros estados do Brasil”, disse.


O deputado federal eleito pelo Amazonas disse ainda que o Governo Federal deve garantir investimentos para a região, não o contrário. “Não podemos ter outro tipo de atividade econômica sem desmatar ou sem ter os devidos investimentos do Governo Federal para o desenvolvimento econômico sustentável. Ao invés de enfraquecer a única fonte de renda que o nosso estado tem, basicamente, o Governo Federal deveria investir mais nesse modelo e também em estrutura pra nossa região se desenvolver economicamente”, declarou.


Texto: Déborah Arruda

Foto: Robervaldo Rocha


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