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Amom cobra todas as prefeituras do Amazonas por providências pelas queimadas

Parlamentar questionou sobre planos para possível evacuação da população de áreas mais afetadas

Amom busca informações atualizadas para entender as necessidades de cada município. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados


O deputado mais jovem do Congresso, Amom Mandel (Cidadania-AM), enviou, nesta sexta-feira (13/10), ofício para as 62 prefeituras do Amazonas. O parlamentar tem como objetivo colher informações atualizadas sobre as queimadas e incêndios florestais em cada município para direcionar adequadamente os reforços e cobranças.


"A situação é tão grave que o Brasil lidera o ranking global de queimadas, com o Amazonas como o Estado mais afetado", indica um trecho do documento. Nos documentos são solicitados detalhes sobre a extensão das queimadas e dos incêndios. Também foi pedido que indicassem as áreas afetadas e todas as ações que as prefeituras têm tomado para prevenir e controlar os focos de fogo, bem como a origem dessas queimadas e incêndios florestais.


Amom tem participado de reuniões com órgãos e instituições federais para denunciar a situação de emergência. No início da semana, esteve com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Amazonas, para cobrar ações imediatas diante do risco iminente à saúde da população amazonense.


"Manaus está um caos, os municípios também. Tem animais morrendo, população indo para os hospitais. Estamos com a pior qualidade do mundo no ar e parece que as autoridades locais não estão entendendo a dimensão do problema. Isso é urgente", frisou o deputado.


Desde agosto desse ano a fumaça dos incêndios florestais na região, que foi intensificada por fenômenos naturais, tem tornado a qualidade do ar em Manaus insalubre e com alto nível de toxicidade. Nessa quinta-feira (12/10), em uma das regiões da capital, a concentração de partículas inaláveis finas, consideradas péssimas (MP2,5), bateu o recorde com mais de 1.000 - a medição mínima para atingir esse status é de 125 MP2,5, de acordo com o World Air Quality Index, sistema que monitora o nível de poluição do ar da capital amazonense.


Há algumas semanas o monitoramento em tempo real aponta altos níveis de piora significativa. Manaus alcançou o segundo lugar no ranking das cidades com a pior qualidade do ar de todo o mundo. 


Segundo Amom, a intenção é mostrar a urgência da realidade em que vive a região amazônica. O parlamentar vem sinalizando às autoridades federais que o Estado necessita de uma intervenção federal, já que as autoridades locais não conseguem conter, de maneira eficaz, os focos de incêndios e os impactos da seca.


Texto: Tainá Vieira/Déborah Arruda - Assessoria de Imprensa

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados


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